Descobri recentemente que a SIC tem um novo concurso, cujo nome não fixei, que passa antes do Jornal da Noite. Como frequentemente ligo a televisão um pouco antes das 20h tenho, malgré moi, apanhado o final do concurso. Fico espantada com o que vejo. Para além de um cenário de gosto duvidosíssimo e de um apresentador inenarrável, vi umas gaiolas com ratos, baratas, grandes lagartos, e vejo a mão das concorrentes (haverá discriminação sexual na escolha dos concorrentes, será que não há quotas apara homens?) dentro das gaiolas a procurar e agarrar, entre gritinhos e alaridos de vários tons, um envelope que deverá ter ou uma chave para prémio ou mesmo o prémio, não cheguei a perceber. A coisa é má, muito má mesmo, tão má que a Floribela e as suas fadinhas pareceram-me, por instantes, um interessante desafio intelectual.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, (...) E, afora este mudar-se cada dia, Outra mudança faz de mor espanto: Que não se muda já como soía.