Vasco Pulido Valente no Público de hoje, fala da fantasia em que José Sócrates vive. Eu diria mais: ele sempre viveu nesse mundo paralelo fabricado de propaganda, anúncios e medidas, e movido pelo seu combustível de eleição: um teimoso e obstinado optimismo de uma superficialidade e ignorância confrangedores e incapazes de resistir a um qualquer escrutínio. Essa percepção de Portugal tão sua (de Sócrates) já contaminou o átomo (repito átomo, a que atribuo o sentido de “quase insignificante”) de realismo que conseguia sobreviver no seu governo, que era Teixeira dos Santos. Algo se passa de muito errado, nomeadamente com Teixeira dos Santos, que depois da sua declaração chantagista, já deveria ter pedido a demissão. Aliás pedidos de demissão são actos omissos deste grupo de gente que nos governa. Isso e vergonha na cara. Aguardemos.