20/03/09


Em primeiro lugar eu não vejo porque é que têm que existir “pontos de contacto” entre as direcções partidárias e os jornais sejam eles quais forem. Cabe ao jornalista ir à procura da notícia, trabalhar para a ter, merecer a confiança dos seus interlocutores e finalmente decidir o que é importante noticiar ou não, e não o mais fácil: sentar-se à mesa (mesmo que seja uma mesa em restaurante ou outra qualquer) com os políticos para juntos pensarem e “fazerem” a notícia.

Em segundo lugar não entendo mesmo a relação causa/efeito nem a razão de ser do "círculo vicioso", que nem percebo bem qual é, pois presumo que Paulo Gorjão não sugira que um jornal (e os jornalistas que o fazem) seja permeável à intriga, quezília e pequena vingança e que estas influenciem a objectividade com que se decide da importância ou não de divulgar determinado acontecimento. Não me parece que o jornalismo tenha que ser nem do domínio dos “afectos” nem do domínio do “porreirismo”.
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