Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, (...) E, afora este mudar-se cada dia, Outra mudança faz de mor espanto: Que não se muda já como soía.
31/05/07
A Galinha e o Ovo
30/05/07
Small Hours
Let it roll right off your shoulder
Don't you know
The hardest part is over
Let it in
Let your clarity define you
In the end
We will only just remember how it feels
Our lives are made
In these small hours
These little wonders
These twists and turns of fate
Time falls away,
But these small hours
These small hours
Still remain
Let it slide
Let your troubles fall behind you
Let it shine,
Till you feel it all around you
And I don't mind
If it's me you need to turn to
We'll get by
It's the heart that really matters in the end
Our lives are made
In these small hours
These little wonders
These twists and turns of fate
Time falls away
But these small hours
These small hours
Still remain
All of my regret
Will wash away somehow
But I cannot forget
the way I feel right now
In these small hours
These little wonders
These twists and turns of fate
Yeah, these twisted turns of fate
Times falls away
Yeah, but these small hours,
These small hours
Still remain
Yeah, oh they still remain
These little wonders
All these twists and turns of fate
Time falls away
But these small hours
These little wonders
Still remain
Little Wonders
Artist(Band):Rob Thomas
29/05/07
Já aqui escrevi sobre o facto de considerar um esbanjamento e inutilidade os exames de aferição. Se precisasse de mais argumentos, estes, que ainda me parecem saídos de uma comédia negra de Hollywood, serviriam e seriam suficientes. Mas o excesso de zelo deixou-nos alternativas suficientes. Resumindo, uma boa Prova de Aferição (ai o nome) é quando:
- Não conta para a nota
- Não avalia nada nem ninguém
- Não penaliza os erros
Se o ridículo matasse
Já agora: os hoteis em que José Sócrates se hospeda (ou os hotéis ao lado) não têm ginásios devidamente equipados para joggings matinais na mais pura discrição e sem restrições de segurança, tal como José Sócrates diz querer?
28/05/07
Indian Love
But he continued to remember: when he located his cabin, he found he had a cabinmate who had grown up in
In case he was hungry along the way or it was a while before meals could be properly prepared or he lacked the courage to go to the dining salon on the ship, given that he couldn’t eat with a knife and fork-
He was furious that his mother had considered the possibility of his humiliation and thereby, the thought, precipitated it. In her attempt to cancel out one humiliation she had only succeeded in adding another.
Jemu picked up the package, fled to the deck, and threw it overboard. Didn’t his mother think of the inappropriateness of her gesture? Undignified love, Indian love, unaesthetic love - the monsters of the ocean could have what she so bravely packed getting up in that predawn mush.
The smell of dying bananas retreated, oh, but now that just left the stink of fear and loneliness perfectly exposed.
Kiran Desai, The Inheritance of Loss
Este excerto é um dos mais interessantes e dramáticos deste romance, em que a herança deixada pelas circunstâncias, sejam elas quais forem: os pais, o amor, a família, o país e civilização, a emigração para uma vida melhor, a pertença a uma etnia ou um grupo, o clima, as monções - acaba por se revelar uma forma de perda ou de solidão.
27/05/07
O Circo pega fogo
Ao atravessar Lisboa hoje senti algum incómodo ao olhar e ver todos os outdoors para as autárquicas. As fotografias dos candidatos, os slogans, (O Zé? Mas que é isto?) nada parecia certo e adequado, todos soavam a falso. Algo não está bem no tempo e no local em que vivemos. Os primeiros sinais de um qualquer apocalipse político estão bem evidentes. Qualquer página de jornal aberta ao acaso terá exemplos de frases, ou silêncios, ou intervenções, ou entrevistas, ou gestos, ou adesões, ou suspeitas, ou delações, que analisadas nos deixam em estado de puro espanto. Tanto não era possível. Mas com a complacência habitual, a vidinha vai correndo, as noites sucedem os dias, o tempo da praia está achegar, vemos o circo pegar fogo e já nem queremos saber onde está a água.
Ota, DREN, Câmara de Lisboa, PS, PSD, (e porque não CDS, PCP, BE?), Mário Lino, Manuel Pinho, M. de Lurdes Rodrigues, e claro José Sócrates têm animado a agenda nestas últimas semanas. Cada caso cheio de casos, cada um mais patético do que o outro, cada um mais previsivelmente vazio do que o outro, perigosamente vazio, com um pano de fundo feito do conforto e da certeza de que estamos mesmo na nossa terrinha, e de que já nem nos apercebemos que a falta de vergonha e a falta de noção do ridículo, para não falar de noções que requerem um esforço ainda maior em apreender como liberdade, desapareceram faz muito do mapa político, e que todas estas personagens que tecem os seus enredos fundados nas solidariedades dos partidos que servem o regime, feitos de respeitinho, de medo, de subserviência, de conspiração, em redor de cada um destes casos, parecem marionetas vazias e sobra-lhes só uns pós de dignidade de alguma tragédia e fado que carregam, a de serem prisioneiros de si próprios, mas nem disso se dão conta.
26/05/07
25/05/07
Uma ideia da Europa 14
24/05/07
Pela boca morre…
Dantes era o peixe. Talvez agora seja a OTA de tanto se abrir a boca a falar dela. Parecem todos apostados em ver quem consegue dizer o maior número de disparates no menor tempo possível. Já lá vão coisas como faltas de hospitais e escolas nas mediações dos aeroportos, pontes dinamitadas (não é dinamizadas, é mesmo dinamitadas) e uma desertificação precoce da margem sul... Tudo por uma boa causa: convencer os cidadãos da bondade do projecto do aeroporto. Assim não sobrará um céptico, tal a adesão aos argumentos. Pelo menos já há uns tempos que os políticos não me faziam rir assim, e mesmo assim não têm faltado momentos risíveis.
Esbanjamento
Depois a ideia de pôr alunos a fazerem exames que não contam para a nota, só mesmo uma ideia de quem não sabe que mais há-de inventar para contornar o cerne da questão, que é sempre a de verificar níveis de aprendizagem dos alunos, competência dos professores, competitividade das escolas, e o ajuste dos programas dados aos objectivos previamente definidos pelo Ministério. Claro que é importante medir e aferir tudo o que referi, mas sem viciar os dados à partida. Os alunos, sabendo que fazem provas que não contam para nota (onde já se viu este ridículo?) nunca se comprometerão, nunca se motivarão, nunca se esforçarão para o melhor desempenho possível. Também os seus pais, ou encarregados de educação, com medo de stressar demasiado as crianças, adoptará um discurso brando que desvaloriza a prova. Este factor, pelo menos, dá alguma razão aos professores que dizem - talvez também pelos motivos errados, neste jogo viciado que é a educação em Portugal, que estas provas de aferição não deverão servir para os avaliar. Sem os alunos a darem o melhor de si, e a fazerem a sua parte no processo que é a aprendizagem, é certamente difícil avaliar professores, escolas, programas.
Então para que servem as Provas de Aferição? Não faço ideia. Parece ser mais uma forma de esbanjar e desperdiçar recursos, pondo as escolas em estado de “alerta” e com as prioridades invertidas neste último trimestre lectivo.
23/05/07
22/05/07
Da Identidade
“Noni had recovered her confidence only when it was too late. Life had passed her by and in those days things had to happen fast for a girl, or they didn’t happen at all.”
Kiran Desai, The Inheritance of Loss
Li, porque fui obrigada e não porque me apetecesse ou tivesse sentido algum impulso empático, Simone de Beauvoir e Benoite Groult, e fui conhecendo os movimentos feministas que tinham despontado em várias partes do mundo nomeadamente em Portugal apesar de nunca ter querido ler “As Três Marias”. Para além das verdades incontornáveis, sempre em número muito menor do que queriam fazer crer, todo o feminismo descrito nas obras lidas me parecia hostil, estranho, demagógico e por vezes de uma agressividade que eu, ainda a aprender a ser mulher, rejeitei. Nunca percebi, por exemplo, porque é que para usufruirmos de igualdade de oportunidades tínhamos de, por um lado ser hostis para com o mundo masculino, e por outro adoptar atitudes e comportamentos (e vestuário) tipicamente masculinos. No entanto o século passado ficou inegavelmente marcado na nossa sociedade ocidental pela grande participação das mulheres na vida pública e pela chegada das mulheres a lugares antes exclusivos dos homens, e muito disso se deve aos movimentos feministas.
No entanto onde se nota uma cada vez maior evolução nas mentalidades bem como na vida vivida por cada uma de nós (mulheres), é no facto de podermos ser sempre mulheres. Explico. Hoje ser mulher não é só aquele breve momento do auge da beleza física (bloom) que começa na pós adolescência quando a rapariga “entrava” para o mercado do casamento à procura de um bom marido, para que logo de seguida deixasse de ser simplesmente mulher para ser “a mulher de”, e terminava muitas vezes com a chegada da maternidade, passando a ser mãe e continuando a ser mulher de. A pouco e pouco a mulher diluía-se nos novos papeis em que outros eram protagonistas. Hoje, a mulher reclama a sua identidade independentemente do estado civil, da maternidade ou não, da carreira profissional ou não. Cada vez mais ela é ela própria. Hoje todos os dias são cada vez mais, dias de novas oportunidades, de novos desafios, de recomeços, e de escolhas, reclamando para nós os mesmos direitos de busca da identidade, de afirmação e de realização pessoal, que os homens têm usufruído ao longo dos tempos. Hoje, de certo modo, já não se joga tudo naqueles breves momentos do fim da adolescência.
Tenho escrito aqui no blogue notas com o título “Véu Islâmico”. Uso esse título porque dificilmente consigo olhar para o “véu islâmico” como um exercício de liberdade individual, mesmo nas sociedades ocidentais onde ele funciona como símbolo de pertença. Não consigo deixar de olhar para esse “véu islâmico” como um símbolo da anulação dessa identidade feminina, feita por sociedades hostis às mulheres e com leis que cerceiam o desenvolvimento da sua identidade e liberdade pois as consideram seres menores e inferiores.
21/05/07
20/05/07
Mais Pobre
José Sócrates, hoje na cerimónia de entrega do certificado de nacionalidade portuguesa.
Foi um lapso, eu sei. José Sócrates corrigiu-o, mas a ironia é que por uma fracção de segundo e inconscientemente, José Sócrates foi honesto. Todos nós, cidadãos, damos para um país que está cada vez mais pobre. Pobre porque a criação de riqueza está longe dos parâmetros desejáveis. Pobre porque a produtividade nacional é baixíssima (comparada com os restantes países da EU). Pobre porque o nosso poder de compra é cada vez menor. Pobre porque o nosso endividamento é cada vez maior. Pobre porque cada cidadão tem uma carga fiscal que não tem retribuição em termos de qualidade de serviço oferecido pelo Estado. Pobre porque o Estado é cada vez maior e consome cada vez mais recursos. Pobre porque é tão difícil, tão complicado, tão exigente e tão pouco aliciante investir, ter ideias, criar, fazer empresas.
Mas também é pobre de espírito, porque o espaço para que o espírito livre cresça, floresça e se desenvolva é cada vez mais pequeno. Pobre de espírito porque os zelosos se multiplicam para impedir que o espírito se solte, e apontar com o dedo espíritos livres, porque os reguladores se entretêm a controlar e atribuir quotas percentuais de quanto e de quem se deve falar e onde. Pobre de espírito porque tantos concordam com tanto, porque quem estava do outro lado depressa passa para este hipotecando a liberdade quando acenado com o poder ou a ilusão dele. Pobre de espírito porque se questiona tão pouco, se ilude tanto, se leva tão a sério, e vê tão pouco à volta.
18/05/07
Divórcio
17/05/07
Depois de ler aqui o teor do projecto de portaria que regulamentará a Interrupção Voluntária da Gravidez em instituições de saúde fico com a sensação de que o direito a interromper a gravidez é melhor salvaguardado do que o direito, dos profissionais de saúde de recusar a prática de actos que entrem em conflito com a sua consciência moral ou religiosa. Se, numa determinada instituição de saúde, se não puder fazer uma IVG porque os profissionais de saúde são objectores de consciência, essa instituição terá que pagar os custos da intervenção numa outra. O direito a ser objector de consciência tem custos, de forma indirecta, para os profissionais de saúde que o exerçam. O direito a abortar não.
16/05/07
As escolhas partidárias dos partidos do regime, PS e PSD, reflectem a enorme crise partidária a que hoje se assiste no “centrão”, espelho da falta de crença na credibilidade que dá ser apoiado por um partido e, nalguns casos aceitar a causa pública. No caso do PSD, é notória a falta de motivação e de vontade das personalidades fortes que poderiam aceitar a candidatura a Lisboa, se moverem tal a instabilidade do partido e as expectativas de só o futuro dirá. No PS e com a saída de António Costa do Governo, só ficam segundas linhas, verdadeiros meninos do coro que nem sempre cantam afinado e um maestro que já está claramente em curva descendente. É uma cartada arriscada sobretudo se se tiver em mente o “caso Manuel Alegre” nas Presidenciais. Helena Roseta poderá ser uma surpresa.
Com tantas coisas de importância a passarem-se no país e no mundo hoje, já me custa ver a abertura dos telejornais com o caso Madeleine. Eu gostaria que os media tivessem dedicado uma pequena migalha do tempo que dedicam a Madeleine, ao caso da jovem rapariga de 17 anos que, no Iraque, foi apedrejada até morrer na praça pública, culpada de querer casar fora da sua religião (o islamismo, claro). Mas continua-se a pensar que estes casos estão muito longe, em distância, em mentalidade e em probabilidade... Eu não penso assim.
14/05/07
Outros Véus Islâmicos
No Público hoje a notícia do apedrejamento por homens de uma rapariga curda muçulmana culpada por querer casar com um rapaz de uma minoria religiosa Yezidi. A notícia chegou aos meios de comunicação por causa dos vídeos amadores postos no youtube e entretanto retirados que não procurei, nem vi nem quero ver. A realidade já é suficientemente má mesmo assim, sem imagens. Perante uma realidade destas, eu pergunto-me que sentido faz falar em democracia? Democracia pressupõe alguma igualdade pois cada pessoa tem um voto. Em sociedades onde muitas mulheres não votam, ou se votam nas urnas eleitorais não votam nas suas próprias vidas, não têm acesso aos recursos em pé de igualdade com os homens, que sentido faz falar em democracia?
Entretanto em Izmir, na Turquia, e segundo o JN, cerca de 1,5 milhões de pessoas voltaram a manifestar-se para defender o secularismo do seu país. Parecem não estar muito preocupados com o futuro da democracia, mas saem à rua aos milhões para defender o secularismo. Como diz o povo: “eles lá sabem!” Se fosse Turca, também sairia.
Mouros? Turcos?
13/05/07
Li que José Sócrates vai advertir a liderança da UE... Nem preciso saber de quê, já o vejo de indicador em riste em frente aos líderes europeus. Grandes Portugueses, é o que é.
Bajazet
Na sexta-feira um simpático “Bajazet”, ópera de Vivaldi em versão não encenada no CCB pela Orquestra Europa Galante. O primeiro acto parecia não acabar, mas depois os cantores e a orquestra pareceram soltar-se, e mesmo quando já parecia impossível que o enredo pudesse ainda outra vez prolongar a ópera, (Barroco é Barroco e Vivaldi não é Wagner) o entusiasmo bem vivaldiano dos violinos tomava conta de nós e o concerto prolongava-se em nosso benefício num bom ambiente na sala que explodia em palmas ocasionalmente. O Grande auditório do CCB estava a 2/3 cheio, parece que ainda não se conseguiram formar novos públicos.
12/05/07
11/05/07
Véu Islâmico 6 (2ª parte)
O papel das Forças Armadas na Turquia tem sido também o de manter o poder religioso afastado do poder político. Eu, se fosse cidadã Turca, habituada a um estilo de vida secularizado e, apesar de tudo, democrático, estaria grata a essas Forças Armadas por este papel de defesa da Laicidade. Eu sei que nem tudo é assim tão simples, e há outros aspectos que não tive em conta; por isso me faz confusão a facilidade com que se diz que a democracia é mais importante do que a laicidade.
10/05/07
O Véu Islâmico 6
Eu percebo bem os turcos que recentemente saíram à rua e se manifestaram em defesa do seu estado secular, nem me parece extemporânea a manifestação de tais receios, como diz o Economist:
E têm razão para temer, este pequeno parágrafo é esclarecedor: nos textos sagrados do Islamismo não há separação entre Religião e Estado, e os cidadãos turcos mais “moderados” na sua prática religiosa e de hábitos perfeitamente ocidentalizados teme, e a História, nomeadamente a História mais recente de uma radicalização islâmica em várias partes do mundo, prova que ele tem razão em temer, o afunilar das suas liberdades através de medidas legislativas inspiradas na religião. Não foi assim há tanto tempo que na Turquia se debateu com a possibilidade da criação de legislação que considere o adultério um crime, bem como se debateu a possibilidade de restrições à venda e ao consumo público de bebidas alcoólicas. Nenhuma destas medidas tomou forma de lei, mas o espectro das leis religiosas não dão tranquilidade aos turcos “moderados”. A mim também não dariam, e neste aspecto estou em desacordo com o espírito do texto do Economist, que é normalmente mais céptico e menos “romântico”. Não adianta varrer para debaixo do tapete estas ameaças, estas tentativas e fazer de conta que não aconteceram. Elas são o sinal de que nada é um adquirido e de que aquilo que hoje é certo, amanhã pode não o ser.
(continua)
O Véu Islâmico 5
Porque dificilmente consigo aliar livre arbítrio e “véu” islâmico, e porque, para mim, o “véu” é uma manifestação de identidade, de pertença, é um símbolo de uma forma de vida e de um tipo de sociedade que está nos antípodas do que acredito ser justo e desejável, confesso que os meus sentidos ficam em estado de alerta de cada vez que o “véu” e alguma polémica em torno dele chega à comunicação social. O caso da Turquia, que já aqui tenho referido em brevíssimas notas, é o último envolvendo os “véus”, neste caso os usados pelas mulheres do Primeiro-ministro e do Ministro dos Negócios Estrangeiros. Este é um assunto que segurei com atenção, sobretudo porque a recente discussão em torno dos conceitos de democracia e secularismo bem como a sua hierarquização, não me deixam tranquila, tantas são as questões que me suscitam, perante as certezas de tantos. Voltarei a este assunto.
09/05/07
Uma ideia da Europa 12
E mais uma vez, a pintura. A mitologia, as lendas, os deuses, os humanos.
07/05/07
06/05/07
Tento imaginar a dor e o desespero de quem perde um filho e de quem, de repente, se vê perante uma situação de rapto. Mas nada deste drama humano, nada, justifica que se percam dezenas de minutos num jornal televisivo. Uma peça de três minutos que faça um resumo do que o dia de hoje trouxe de novo é mais do que suficiente Na RTP, com mais do que uma peça sobre o assunto, até um perito em raptos foi ouvido, e na SIC, logo nos primeiros minutos, se falam dos três enviados especiais: um na Madeira, um em França e um na Praia da Luz...
Não tenho dotes futuristas, mas não consigo deixar de olhar para a vitória estrondosa de Alberto João Jardim na Madeira e para o isolamento do candidato do PS como mais um sinal da curva descendente de José Sócrates. Nada será igual, por muito que ele teimosamente queira e tente, desde o caso ainda por esclarecer da sua licenciatura diplomas e papeis contraditórios. Outro dos sinais de que já nada é como deveria ser, foi o caso Mário Lino e seu gracejo sobre a não inscrição de José Sócrates na Ordem dos Engenheiros.
04/05/07
Uma ideia da Europa 11
03/05/07
Livre
O caso Carmona Rodrigues tem contornos interessantes pois joga com uma série de conceitos que por vezes podem parecer contraditórios entre si: liberdade, legitimidade, obrigação, lealdade. Há a questão da liberdade; ele, Carmona Rodrigues (CR) diz-se livre porque é independente e não filiado num partido político, proclama a sua legitimidade pois ganhou a Presidência da Câmara com os votos dos Lisboetas, afirma-se capaz de cumprir a sua missão e a sua obrigação perante os eleitores, proclama que não será atirado “borda fora” resumindo desta forma metafórica a sua relação de lealdade com o partido que o apoiou e o ajudou a ganhar as eleições, mas que lhe pediu para se afastar, por uma questão de princípio já estabelecido no PSD e para que a Câmara não se torne ingovernável. Pergunto-me, como poderá assim e nestas condições ser um homem verdadeiramente livre ao serviço de uma Câmara, livre no planeamento, livre na decisão, e sobretudo livre perante si próprio.
Enquanto se passar o que se passa, e o que parece claro se passará, em Oeiras, a posição do PS, em relação a CR não me merece respeito nem consideração.
02/05/07
Porque é que gosto de Pintura Flamenga 3
01/05/07
O caso Pina Moura continua a dar que falar, e muitos são os indignados que afirmam quão natural é os Media terem simpatias partidárias, exemplificam com os casos espanhóis, ingleses, falam em Francisco Pinto Balsemão. É verdade, mas Francisco Pinto Balsemão fez o seu grupo com o seu dinheiro, e tanto quanto se saiba tem pouca influência na linha editorial do grupo. Também está há muito afastado do poder, da vida activa partidária e certamente não é deputado. Em tudo diferente do caso Pina Moura que está directamente ligado ao poder, e que tem poder sobre o poder. Foi só por isso que foi convidado para o cargo de administrador, só.
Mais novidades sobre a Turquia aqui.
Diplomas, Certidões e outros papeis 5
Li aqui que o dossier Sócrates vai finalmente ser investigado pelo DCIAP. É importante que esta investigação se faça, porque tem de ser feita: há demasiadas inconsistências neste processo, e porque do ponto de vista político o primeiro-ministro está com a sua credibilidade mordiscada. E ferida que não se trata, pode infectar.
Uma ideia da Europa 10
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