06/07/11

Um Pretexto para Falar de Livros

A Teresa Ribeiro do Delito de Opinião convida-me a responder a estas questões. Um bom pretexto para falar sobre livros.

1 - Existe um livro que relerias várias vezes?
Releio cada vez mais. E de todos os livros que leio, releria certamente uns 30%.

2 - Existe algum livro que começaste a ler, paraste, recomeçaste, tentaste e tentaste e não conseguiste ler até ao fim?
Ulisses, James Joyce. Também só li os dois primeiros volumes de À la Recherche du Temps Perdu, Proust. Senti que se lesse mais, quem andaria 'à la recherche du temps perdu' seria eu. Muito bonito, muito longo, muito chato.

3 - Se escolhesses um livro para ler no resto da vida, qual seria?
Provavelmente a Biblia. Quanto mais não seja porque é enorme e porque, como se costuma dizer, está lá tudo.

4 - Que livro gostarias de ter lido mas que, por algum motivo, não leste?
Ulisses, James Joyce. D. Quixote, Cervantes. Também nunca li na íntegra a Ilíada e a Odisseia de Homero. Espero ainda lê-los.

5 - Que livro leste, cuja cena final jamais conseguiste esquecer?
Associo cenas finais a filmes e, por muito que tenha tentado não consegui lembrar uma em livros. Só me lembro em filmes.

6 - Tinhas o hábito de ler quando eras criança? Se lias, qual era o tipo de leitura?
Não muito. O pouco que lia eram versões do Gato da Botas e outros contos infantis. Nunca li literatura juvenil, salvo umas coisas ‘para meninas’. Quando comecei, por volta dos 12/13 anos comecei ‘a sério’ e a colecção Livros do Brasil era central. Muita Pearl Buck, O Admirável Mundo Novo, Aldous Huxley; O Fio da Navalha e Servidão Humana de Somerset Maugham, (li quase todos os seus contos nessa altura); algum Graham Green nomeadamente O Poder e a Glória; A Condição Humana, André Malraux. Entretanto comecei também a ler policiais e banda desenhada. A partir daí nunca mais parei. Ainda hoje não gosto especialmente de literatura juvenil e menos ainda de literatura infantil - sobretudo da que se dá nas escolas, tão certinha, tão direitinha, tão irritante.

7 - Qual o livro que achaste chato, mas ainda assim leste até ao fim? Porquê?
Les Misérables, Victor Hugo, mas devo ter lido mais. Raramente deixo um livro a meio e dantes nunca deixava, porque só considero um livro lido quando o é da primeira à última palavra.

8 - Indica alguns dos teus livros preferidos.
São muitos e muitos. Dos mais antigos começo com um preferido de sempre Decameron, Boccaccio. Também The Tales of Canterbury, Geoffrey Chaucer; Romeo and Juliet, Shakespeare. Do séc. XIX há uma lista infindável. Destaco Os Maias, O Primo Basílio e A Cidade e as Serras de Eça de Queirós, As Novelas do Minho de Camilo Castelo Branco. Todos de Jane Austen, quase todos das irmãs Brontë (Wuthering Heights e Jane Eyre sobretudo), Middlemarch, Geoge Elliot. Russos: todos os que li com destaque para Guerra e Paz, Lev Tolstói e Os Irmãos Karamazov, Dostoievsky. Franceses: L’Éducation Sentimentale, Flaubert. La Chartreuse de Parme, Stendhal. Também há muitos do séc XX, o português Mau Tempo no Canal de Vitorino Nemésio. Outros mais recentes, correndo o risco de esquecer muitos, Disgrace, Coetzee, Midnight's Children, Salman Rushdie, On Chesil Beach e Atonement de Ian McEwan, Everyman, Philip Roth. Séc XXI, Freedom, Jonathan Franzen.

9 - Que livro estás a ler?
Palimpsest, Gore Vidal. Collected Stories, John Cheever. E O Livro de Cesário Verde.

Já li as respostas de tantos bloggers que não lembro mais nenhum.

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