Percebi na primeira cena que iria gostar do filme. Foi emocionante, e esperava que assim continuasse, acelerado, um pouco duro e violento até. Mas não, o filme acalma e atinge um período confortável. Nós é que não estamos assim confortáveis. Nós desconfiamos, mantemo-nos na expectativa do que virá a seguir. E vem mesmo. Duro, violento, inesperado. Bem construído e bem realizado. Bons actores – aliás o ano de 2011 foi de Michael Fassbender e de Ryan Gosling, que neste filme é tão ‘cool’ quanto se pode ser ‘cool’. O filme tem qualquer coisa que o coloca bem acima do que seria sem essa qualquer coisa. Ainda bem para quem vê Drive.
Ver um filme simples e descomplicado pontuado de algum humor e humanidade, recheado de bons actores que não é feito para mentes básicas, nem para imbecis, é um prazer. Ver um vasto leque de actores maduros (que já passaram a idade da reforma) com provas mais do que dadas, a tomar conta do filme é inédito e um regalo. Sair do cinema com boa disposição é o prémio. The Best Exotic Marigold Hotel é assim.