Os museus em Amesterdão (Rijksmuseum e van Gogh) estão abertos sete dias por semana, 8 horas por dia, com excepção de sexta-feira que só fecham às 22h estando abertos doze horas. Aproveitei uma sexta-feira para (re)visitar o museu van Gogh ao fim do dia. A entrada foi rápida, sem multidões, apesar do museu ter bastante movimento. Gente nova, música de fundo alegre, palestras (em inglês) sobre a recente exposição de Max Beckmann, e performances musicais animaram o serão tornando o museu um pólo de vida e não só umas paredes com belos quadros pendurados. Lembrei-me de uma recente polémica em Portugal sobre a falta de meios que obrigava o Museu Nacional de Arte Antiga (pelo menos) a fechar algumas salas e/ou algumas horas. Mais uma vez o rosto visível (e risível) do turismo cultural em Portugal. Também, nesse dia, me lembrei da célebre frase sempre na boca de tantos fazedores culturais sobre a necessidade de “criar” novos públicos. Não sei como o fazem na Holanda, mas nesse dia não me faltaram “públicos” para observar para além do do museu pois passei à porta do Concertgebouw que tinha dois concertos nessa noite. Às 19h30m Bach, “A Paixão Segundo S. Mateus” e às 20h15m num outro auditório um concerto de Música de Câmara com obras de Mozart, Telemann entre outros. A entrada fervilhava de gente de todos os feitios que, com antecedência, se preparavam para entrar. Houve algo que me chamou a atenção nessa pequena multidão à entrada: foi a normalidade, naturalidade, informalidade e boa disposição que me pareceu detectar (seria o meu olhar?) nessas pessoas (mesmo nas mais formalmente vestidas), longe do aspecto mais formal, circunspecto e de pose que notamos cá à entrada nas grandes salas de concerto. Numas cidades parecem não faltar públicos, noutras, que não têm público, querem-se criar novos públicos...
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, (...) E, afora este mudar-se cada dia, Outra mudança faz de mor espanto: Que não se muda já como soía.
16/04/07
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