As palavras e expressões usadas pelo governo são sempre engenhosas, mas não sei que pensar do socialismo que, com elas, nos é servido. Oscilando entre as expressões “taxa Robin dos Bosques” para redistribuir a riqueza acumulada pelas petrolíferas e o “receio do efeito de contágio” que os leva a salvar bancos inviáveis, o BNP de má gestão e negócios obscuros e o pequeno BPP que serviu um reduzido nicho de mercado, nacionalizando-os o cidadão sente-se perdido. Uma coisa é certa: o outcome é sempre o mesmo: o Estado, e mais Estado e sempre Estado. Nunca se perde uma oportunidade de centralizar, controlar, deter poder, colocar pessoas, influenciar decisões, pactuar com os grandes grupos financeiros e económicos que viveram do centrão e com o centrão. Sempre mais do mesmo, por muito que as palavras mudem e as expressões nos surpreendam (ou não).
Era uma boa ideia fazer-se um léxico, para mais tarde recordar e perceber, destes anos de Socratismo. Não faltam palavras e expressões que nos dêem uma perspectiva destes tempos pragmáticos e ideologicamente abafados.
Era uma boa ideia fazer-se um léxico, para mais tarde recordar e perceber, destes anos de Socratismo. Não faltam palavras e expressões que nos dêem uma perspectiva destes tempos pragmáticos e ideologicamente abafados.