Pela clareza, pela firmeza, pela coragem, obrigada Bento XVI.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, (...) E, afora este mudar-se cada dia, Outra mudança faz de mor espanto: Que não se muda já como soía.
27/02/13
19/02/13
Portugal já pode dormir descansado. Procuramos sem perder a esperança e finalmente encontrámos vestígios de carne de cavalo em refeições pré-cozinhadas vendidas cá. Com tanta porcaria, tantas más decisões, tantos atentados ambientais, tantos reais riscos para a saúde, e com tanto lixo tóxico na produção alimentar e na comida que todos – mesmo os precavidos – põem no prato, anda a Europa escandalizada com a carne de cavalo. Em matéria de alimentação há muito que andamos todos a ser enganados, e a carne de cavalo não é o pior dos enganos.
Ok, ok. É claro que eu também prefiro não comer cão ou gato, e gostaria sobretudo de nunca saber que comi cão ou gato, mas fazem-me pior os fertilizantes ou as gorduras hidrogenadas do que o cão, gato, cavalo, crocodilo ou gafanhoto.
Bom apetite!
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O azar continua. Hoje só se fala de Miguel Relvas, outra vez. Parece que fica comprovado que não sabe cantar. Também, para isso já basta o Primeiro-ministro.
18/02/13
Não Sabe do Que Fala
Tenho tido azar nestes últimos dias. De cada vez que leio as notícias ou ligo a televisão, deparo-me invariavelmente com Miguel Relvas em discurso, em declaração, em directo, em todo o lado, e a falar de tudo e sobre tudo. Ele, lembremo-nos, é aquele que já não deveria ser. Mas é. É um verdadeiro sempre-em-pé que espera e acredita vencer-nos pelo cansaço, restabelecendo a sua credibilidade pela insistência e pela persistência. Alguns no seu caso, optam pelo silêncio, por um período de ‘nojo’, mas ele não: continuar como se nada fosse tem sido o seu lema. Talvez um dia consiga, já tenho visto coisas bem mais estranhas, pois memória é curta e tanta água correrá debaixo da ponte que muitos, talvez, esquecerão. Não será no entanto agora; os tempos estão difíceis, os cintos bem apertados, e as pessoas menos dispostas a olhar para o lado e menos inclinadas ao perdão dos dislates dos políticos, especialmente daqueles que nos governam. E é isso que Miguel Relvas faz:
No dia em que se confirma a célebre ‘espiral recessiva’, (anunciada quer pelos Velhos do Restelo quer pelos ‘profetas apocalípticos’ que olham com desconfiança para as políticas governamentais) e em que se divulga o número do desemprego, Miguel Relvas diz que ‘os objectivos que foram definidos pelo Governo para 2012, no que se refere ao défice, no que se refere à execução orçamental foram alcançados‘, que ‘o país atravessou já a fase mais difícil’, e que ‘começamos a ter resultados’. Resta saber de que país fala e o que são os resultados, para além do célebre ‘regresso aos mercados’.
Dias depois apresenta o programa Impulso Jovem, pretexto para dizer uma série de banalidades – infelizmente, e desde Sócrates, apresentar programas é cada vez mais sinónimo de ‘dizer banalidades’ e passar umas frases para os meios de comunicação. Diz, provavelmente para nos comover, que o desemprego jovem lhe tira o sono (o que tirará o sono dos outros ministros? será que muda conforme as pastas de que são responsáveis?), insiste em devaneios de felicidade bucólica (influência dos clássicos lidos na juventude certamente) através de anunciadas ajudas do estado ao regresso (regresso? mas alguma vez lá estiveram?) dos jovens à agricultura.
Ministro Miguel Relvas, o senhor pode insistir, falar, discursar quanto e quando quiser: eu continuarei a acreditar que, sobretudo para bem do governo, mas também para seu e nosso bem, o senhor já há muito que deveria estar fora dele. O problema é que o governo é demasiado parecido consigo... não sabe do que fala e não conhece o país.
02/02/13
01/02/13
O que é que fizeram a uma das minhas músicas preferidas do chamado ‘rock português’? Quem é que se lembrou de pôr a Teresa Salgueiro a cantar o Homem do Leme nesta versão, ligeira e airosa?
Nos últimos dias já ouvi a música na rádio umas três ou quatro vezes e por favor, não me agridam mais, de tão má que é esta versão. Também não entendo (fraco entendimento o meu certamente), porque que é que Tim está também a cantá-la e a ‘patrocina’. Ele deve perceber que todo o espírito da canção, a sua força e a sua carga simbólica e dramática se perdem neste registo tão light e tão longe do original. Aliás, ainda não percebi o que é que Teresa Salgueiro, uma cantora de mérito e com um registo muito próprio, mas que não consigo ouvir por longos períodos de tempo sob pena de morrer de tédio, ganhou em ter deixado os Madredeus: não ouvi uma única música desta sua nova fase de que gostasse, mas isto digo eu que não percebo nada de música portuguesa actual.
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