01/11/07

Ontem ao final do dia li o Destak. Esqueci de o trazer para casa, mas felizmente encontrei esta versão PDF que não me deixa invocar nada em vão. Nele a Ministra da Educação dava uma entrevista em que explicava o novo “Estatuto do Aluno” e aquela coisa híbrida que é o “quando o aluno falta não chumba: é avaliado” que ainda ninguém percebeu como é que vai funcionar, mesmo depois de ler as explicações da Ministra. Diz Maria de Lurdes Rodrigues na entrevista que quer criar “uma espécie de cumplicidade entre adultos (isto é: professores e pais), na prevenção de um comportamento indesejado (isto é: faltar demais)”, e também diz que a Escola pode averiguar o que se passa, e que “quando a escola considere que o motivo dado (para as faltas) não é relevante não deve ser considerado” responsabilizando mais os pais e os alunos. Estes critérios, continua ela mais à frente são decididos caso a caso em cada escola, e mesmo a prova de avaliação para faltosos fica ao critério da escola e do professor. Segundo li hoje aqui, e aqui pareceu-me perceber, no meio de informação aparentemente dissonante, que caso o aluno não tenha aproveitamento na prova de avaliação poderá mesmo chumbar, ou em eduquês: ficar retido. Resta-nos deduzir quais os critérios subjacentes ao tipo de prova e tipo de avaliação da mesma. Enfim, estamos em pleno delírio impressionista, em pleno circunstancialismo cheio de wishful thinking utópico, tão propício à inconsciência e falta de razoabilidade, senão mesmo à pura falta de honestidade. Não basta, em política, ter boas ideias.

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