07/06/09

Que alívio!

Depois dos discursos de Paulo Rangel e de Manuela Ferreira Leite, os grandes vencedores da noite, registo o alívio que é finalmente ouvir discursos com sentido. O de Paulo Rangel foi particularmente bem conseguido, estruturado, claro, incisivo e politicamente pertinente e oportuno, quer para os seus eleitores quer para os seus opositores: levantou a questão da mudança do quadro político em Portugal que impede o governo de tomar decisões que comprometam a próxima legislatura e as gerações futuras. É um alívio sair do modelo redondo e vazio dos discursos de circunstância, de anúncios e unidireccionais de José Sócrates que com a sobranceria da superficialidade ignora sistematicamente a oposição e a crítica e seus argumentos.

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