06/06/10

Inoubliable

Ando há algumas semanas “ausente”. Nada pré-pensado nem tão pouco decidido, provavelmente uma necessidade – não leio no jornal nada mais do que os títulos (e as primeira páginas do Público com as fotografias em “modo” estético-intelectual que irritam), não ouço notícias, não vejo telejornais, cansei comentários, entrevistas e debates. Não me apetece, não sinto falta, e tenho vivido estes dias em alegre (!) jejum informativo, sabendo, no entanto que, como tudo na vida, o dito jejum não durará muito. Como não fui para o deserto o black-out não é total, e ainda hoje, ao lembrar o que tinha sido a semana, me ri, com algum distanciamento que me deixou surpresa, do ruído informativo que “de longe” me foi chegando. Dois momentos de José Sócrates. O primeiro uma teia (sempre) de peripécias à volta do seu encontro com Chico Buarque – mais um daqueles episódios de histórias mal ou insuficientemente contadas, e de inverdades, ditos e contraditos bem ao estilo socrático. O segundo foi em Marrocos - o seu breve discurso dito em francês, que tive o prazer (que roçou o desconforto, se é que tal dissonância é possível) de ouvir duas ou três vezes. Inoubliable.

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