
Olho para o debate político no país e vejo um vazio povoado de exclamações, declarações, ameaças veladas – só retórica. Os líderes dão o exemplo: Sócrates hoje desapareceu, Passos Coelho titubeou. Estão muito preocupados consigo próprios, num dia em que a greve geral paralisa o país. De um lado e de outro enunciam-se os estragos, contam-se os números, repetem-se palavras de ordem, algumas demasiado desgastadas e outros tempos. Inventam-se boas estratégias para fugir do real.