06/05/09

Lantejoulas e Tutus

Esta notícia chamou a minha atenção. Já várias vezes me tinha perguntado quando é que a modalidade de natação sincronizada se alargaria aos homens e como. Sou contra qualquer tipo de discriminação, mas também sou céptica em relação às proclamações de igualdade a propósito de tudo e de nada. Rapaz não é igual a rapariga por muitas voltas que se tentem dar. Devem ter igualdade de oportunidades quer no ensino da matemática, como na entrada para as Forças Armadas ou na prática de natação sincronizada. O que já me parece forçada é a ideia de que um rapaz para que pratique esta modalidade desportiva o tenha que fazer como as mulheres o fazem: pinça no nariz, maquilhagem, fatos brilhantes e com lantejoulas. Nem tão pouco consigo ver o interesse desportivo e estético de um rapaz em reproduzir os movimentos que as raparigas fazem e que são sobretudo adaptados à anatomia feminina. Na dança clássica, Ballet, os homens não usam tutu, não fazem pontas, nem fazem o mesmo trabalho de pés que as mulheres. Fazem outros em que se destacam: piruetas, saltos. Também é assim noutras modalidades desportivas mesmo quando há equipes mistas. No atletismo em competição, e apesar de fazerem as mesmas modalidades, há a separação entre homens e mulheres. Abrir a natação sincronizada aos homens não passa por travesti-los e pô-los a fazer os mesmos movimentos que as raparigas fazem, passa sim por adaptar e explorar as possibilidades da modalidade à anatomia masculina. Talvez nadar com as raparigas e como as raparigas não seja a melhor forma de persuadir a federação desportiva a alargar a modalidade a rapazes. Parece que hoje, no nosso mundo, a ânsia igualitária não conhece limites.

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