10/10/11

Da Primavera Árabe


Pelos vistos o caminho – que então, e para alguns, parecia tão luminoso – para a democracia tem-se revelado difícil



Que não sobrem ilusões: uma sociedade secular e respectiva tolerância religiosa misturam-se mal com o islamismo predominante de hoje: um islamismo de massas, cego e pouco evoluído, facilmente manipulado por opiniões e grupos radicais, pouco educado que tem como core da educação o Corão, e pouco estudo científico ou histórico. Não são os governantes ou algumas elites mais ‘moderadas’ (conceito perigosíssimo no contexto islâmico, também) que ditam o soprar dos ventos. As opiniões fazem-se desde bem cedo na vida de cada um: na família, nas escolas, nas mesquitas, nos bairros.

Os factos são indesmentíveis: há cada vez menos cristãos no Médio Oriente. No principio do séc. XX eram praticamente um terço da população. O Papa Bento XVI sabe bem do que fala quando diz que o cristianismo e os cristão são a religião e o grupo religioso mais perseguido no mundo, nos dias de hoje. No Egípto a procissão ainda vai no adro.

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