03/11/11


Como não sou (ainda) bruxa, não previ este novo acto do drama grego de ‘sim referendo’, ‘não referendo’, em que o protagonista – de tanta volta e contravolta que tem dado e de tanto psicodrama encenado - provavelmente já não sabe quem é (se é que alguma vez o soube). Até eu estou tonta e perdida, e não sou grega. Uma coisa é certa: não gosto da atmosfera que antecede a tempestade: o ar é pesado, o ambiente abafado, os pés que se arrastam, a pressão que aumenta (atmosfericamente falando ela baixa, claro) e já só queremos uma boa chuvada, ventos e trovoadas. Em relação à UE sinto isso mesmo: acabe-se o medo, os paninhos quentes, as palmadinhas nas costas, as conversas de pé de orelha Merkel/Sarkozy, os juízos, as ameaças, as lições de moral; venham as crises e as dissidências depressa, zanguem-se as comadres, deixem o euro desvalorizar. Veremos se o ar não fica mais leve e se não podemos finalmente começar o trabalho de reconstrução.

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