Li há já alguns anos uma entrevista que Cesária Évora deu a à revista ELLE (edição francesa) em que ela dizia de Portugal e dos portugueses o que Deus não diz do demónio nem do inferno. Fiquei chocada pois em Portugal todos gostavam dela. Essa foi a primeira vez, depois em mais e mais entrevistas a publicações francesas, e não só, pude confirmar de cada vez o mesmo tom de rancor, desprezo e ódio a Portugal. Nunca percebi porque é que ela vinha cá e cantava cá. Nas entrevistas, e intervenções públicas aos meio de comunicação social portuguesas ela era mais comedida nesse rancor, desprezo e ódio e tentava fazê-lo passar por ódio ao país de antes do 25 de Abril. A mim não me enganou. Também nunca percebi porque é que nós fazíamos de conta que não sabíamos o que ela dizia do país, e continuávamos abrir-lhe as e encher as salas de espectáculos.
Apesar de lhe reconhecer mérito enquanto cantora nunca mais quis saber de Cesária Évora que julgava ter idade suficiente para saber não nutrir tantos ódios. Para mim ela já morreu há muito. Agora que descanse finalmente em paz.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, (...) E, afora este mudar-se cada dia, Outra mudança faz de mor espanto: Que não se muda já como soía.
17/12/11
Arquivo do blogue
-
▼
2011
(195)
-
▼
dezembro
(18)
- Um Grão de Sal
- Museu Municipal - Bologna UM SANTO NATAL
- Horae Subsicivae 3
- Miguel Relvas, uma espécie de Doppelgänger de ...
- Finalmente em Paz
- Ir ao Cinema
- Cores de Outono 13
- Uma Questão de Educação
- Cores de Outono 12
- <!--[if gte mso 9]> <![endif]--><!--[if g...
- Habemus Papam
- Recomeçar 2
- Coisas Que se Podem Fazer ao Domingo 66
- A Europa (e Vasco Pulido Valente)
- Se por acaso alguém andava já com saudades das...
- Cores de Outono 11
- “O artista geralmente acha que é muito amado.....
- Ainda bem que a patetice não mata ninguém. Fra...
-
▼
dezembro
(18)
Acerca de mim
- jcd
- temposevontades(at)gmail.com