A Dívida, revelou-se uma excelente ida ao cinema. Um thriller de espionagem feito com inteligência e imaginação suficientes, um plot com suspense e acção na boa dose, mas sem complicadas teses a provar ou defender, nem ‘statements’ estéticos e simbólicos ‘out of the box’ a obrigar a uma ‘leitura’ ou a um maior envolvimento do espectador. Boa realização, muita acção, mas sem efeitos especiais nem explosões a cada 5 minutos, coisas que me agradam. No entanto os críticos não valorizaram muito um bom filme de entretenimento. Para mim é cinema puro e duro, sem ‘nuances’, sem ‘leituras’, sem ‘paradigmas’.
Outra igualmente boa ida ao cinema foi com Os Idos de Março. Este drama político conta com excelentes representações mesmo (ou até sobretudo) nos papeis secundários, e pude pela primeira vez perceber quem era Ryan Goslyn. É um filme mais subtil que o anterior e vale pelas relações/ligações entre personagens, a teia que se vai tecendo entre sondagens, política de comunicação e a imagem do político. Realização enxuta. Um bom filme também e os críticos gostaram mais do que do anterior. (Eu nunca os percebo).