22/02/09



Na capa da Pública de hoje aparece uma fotografia de Pedro Passos anunciando a grande entrevista dentro da revista (entrevista desprovida de interesse) e um título sugestivo “Pedro Passos Coelho, O Candidato”. Ora eu pergunto-me: em ano eleitoral com as várias eleições que se avizinham, ele é exactamente candidato a quê? Deputado ao Parlamento Europeu? A Presidente de uma Câmara? A Primeiro-ministro?

Sobre a entrevista em si, há pouco a dizer, pois o que ele disse, apesar das páginas de texto, nada trouxe de novo, nem do ponto de vista político, nem sequer pessoal, antes pelo contrário. Reforçou a sua convicção (vontade) na fragilidade da liderança de Manuela Ferreira Leite, atribuindo o ónus dessa fragilidade a um "jogo de percepções", seja lá o que for que isto quer dizer (aparecer muito nos media, talvez?), em que ele acha que "(...) a sociedade em geral percepciona(r) como mais relevante a actividade daquele que não ganhou (a liderança do PSD), isso significa que o que ganhou não está a fazer o que deve". Parece-me uma manifestação de intenção e de alguma má-fé. Nada de novo, portanto.

Estranhei as suas leituras da juventude. Quem lê Voltaire antes de Camilo ou Eça? Fenomenologia do Ser de Sartre, não conheço, mas eu também não tenho pretensão a conhecer toda a obra de Sartre e sobretudo, não li obras filosóficas densas, nem na juventude, nem agora. Graças a Deus!
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