Se há uma expressão, e preocupação, que já se esgotou e que nós agradecíamos fosse doravante usada com parcimónia é a da “imagem externa do país”. Dr. Durão Barroso, preocupe-se com a Comissão Europeia, e se quiser ser mais ambicioso (coisa que lhe assenta bem) preocupe-se também com a UE. Bem precisam, e bem podem cuidar as respectivas ‘imagens externas’ quer da Comissão quer da UE. Nós por cá, em tempos de crescente austeridade e pobreza temos que deixar cair alguns activos: esse da ‘imagem externa’ pode ir. Afinal nunca passou, e não passa, de um equívoco bem cultivado e estimado pelos ‘bons alunos’ Gaspar e Passos Coelho, que até hoje pouco mais ofereceram do que isso mesmo ao país que fica mais pobre, e com acrescidas dificuldades em pagar os seus compromissos, a cada dia que passa, a cada hora; a cada empresa que fecha, a cada pessoa que fica desempregada, a cada compra que se deixa de fazer.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, (...) E, afora este mudar-se cada dia, Outra mudança faz de mor espanto: Que não se muda já como soía.