03/01/12

2011 em Três Parágrafos

Numa altura de balanços do ano que passou relembramos acontecimentos que o marcaram e que ou nos parecem já tão longínquos ou que foram só ontem. Não nego que um dos melhores momentos foi o afastamento de José Sócrates do nosso governo, do nosso ouvido, do nosso olhar, mas há algo que me intriga em relação a José Sócrates: o facto de ninguém se interessar nem investiga a vida que ele agora leva, nem os meios financeiros de que dispõe para a levar. Não se pretende uma crónica para a ‘Caras’, mas sim uma investigação que nos permita esclarecer como é que um banal técnico da Câmara da Guarda que projectava ‘marquises’, que consegue uma licenciatura num Domingo e que começa uma vida política no aparelho partidário, consegue ter dinheiro suficiente para viver confortavelmente em Paris, aparentemente, sem remuneração; só estudando. Todos os dias me pergunto como é que isso se faz. Muitos gostariam de o fazer também, não? 

Outro acontecimento marcante para mim foi ver a reacção dos japoneses face à calamidade (terramoto, tsunami, crise nuclear) que enfrentaram com civismo, calma, organização e espírito solidário. Foi uma lição para o mundo. 

Finalmente a morte de Bin Laden e a forma discreta, eficaz e corajosa com que os EUA resolveram essa questão. Mereceram aplauso quer os decisores quer os homens no terreno. 

Nota: A crise, a austeridade, a dívida não foram acontecimentos de 2011. Já eram e serão.

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