Li há uns dias aqui,
Indeed, digo eu.
De facto, e pensando bem, hoje vejo mais televisão do que via há uns anos. Vejo sobretudo mais séries – e francamente menos debate, análise ou opinião política; normalmente tenho a sensação de que já sei o que vão dizer, de que já ouvi tudo. Os protagonistas da análise/comentário político são tantas vezes fracos, quer a nível de formação ou habilitação de base, quer a nível de inteligência, quer a nível de real independência, quer a nível da preparação para os temas do dia.
Sigo normalmente duas, três, com sorte quatro, séries semanalmente, no entanto há umas semanas, num período de convalescença, aproveitei para ver compactos de algumas que (inexplicável e injustificadamente) me escaparam e que ainda não tinha visto. Assim vi seguidas duas temporadas de Boardwalk Empire, e também duas de Game of Thrones. Ambas HBO, ambas muito boas, ambas para adultos, ambas violentas. Boardwalk Empire é uma sólida e magnífica realização, a todos os níveis, e com personagens únicas, densas e complexas que nos prendem - especial relevo para Nucky Thompson e Margaret Schroeder, um trabalho de composição e de representação notável. A série é tão cuidada em todos os detalhes que eu me deleito, por exemplo, com o tailoring impecável de Nucky Thompson, sempre cuidadosamente vestido – daquela forma que só os gangsters o sabem ser. Brilhante. Começa hoje a 3ª temporada.
Para além do magnífico Boardwalk Empire, percebi que três ou quatro episódios foram suficientes para compreender a fama de Game of Thrones, e o vício que tantos dizem ser. Uma inesperada e fantasiosa produção de tom medieval, mas muito bem pensada e realizada, que aqui se define como: