Um filme que foi uma boa surpresa: “Fill the Void”. Um filme de mulheres em que os homens se fartam de cantar e dançar. Um filme em que o poder ‘informal’ das mulheres é real, mesmo que não o seja formalmente. A estranheza que os casamentos arranjados causam, dilui-se perante a fluidez e a naturalidade com que as situações se sucedem e as emoções se vão revelando numa realização cheia de sensibilidade, subtileza e inteligência. “A Noiva Prometida” desenvolve-se numa comunidade ulraconservadora de judeus em que os casamentos são levados a sério e respondem a necessidades da família e da comunidade, mais do que aos “afectos” das duas partes imediatamente envolvidas. Os actores, sobretudo a actriz principal, prendem-nos logo. A fotografia é linda.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, (...) E, afora este mudar-se cada dia, Outra mudança faz de mor espanto: Que não se muda já como soía.