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Easy Virtue (Virtude Fácil) não é uma obra prima, nem sequer um marco no cinema do ano. Vai passar despercebido pelo circuito comercial dos cinemas, e muitos dos que o vão ver, acha-lo-ão dispensável. Não é o meu caso. Trata-se de uma comédia romântica que em nada faz lembrar o género a que pertence: não há grandes trapalhadas, nem equívocos, nem qui pro quo que nos levem às gargalhadas, mas a partir dos primeiros momentos respira-se um ambiente especial e uma longa tradição de humor fino, de ironia e de fazer pouco de si próprio, coisa em que os ingleses ainda são exímios e mestres, mesmo com equipe multinacional e um realizador australiano. Boa música, bons adereços, bom guarda-roupa, boas personagens. Eu gostei.