06/10/11

Justiça

Como já desabafei algumas vezes, a literatura para mim são os livros que leio, os que releio, os que quero ler, os que ainda não li e acho que devo ler, e eventualmente aqueles que nunca me apeteceu ler, mas... Os ditos ‘meios’ literários, as críticas de livros, as feiras do livro, a crise do livro, as editoras suas fusões e aquisições, a política do livro, e um sem fim de problemática sobre livros e literatura (que não são sinónimos, nunca é de mais referir) não me fazem bater uma pálpebra. O mesmo se passa com o prémio Nobel com a diferença que neste caso se trata de um prémio com uma imensa visibilidade e peso mediático (e financeiro). Normalmente nem me lembro que existem, nem nunca me lembrei de fazer prognósticos e exprimir desejos sobre A ou B merecedores do prémio, por isso os prémios nunca me desiludem e também nunca li um livro só porque A ou B foram ou são um prémio Nobel. Verdade seja dita que os escritores de que mais gosto estão todos mortos o que facilita este desprendimento. Por isso todos os anos, malgré moi, me divirto com os desejos e prognósticos que leio sobre os escritores merecedores da distinção e posteriormente do que leio sobre a justiça da atribuição do prémio. Aliás esta noção de ‘justiça/injustiça’ na atribuição dos prémios é a mais divertida. Como se ela fosse o principal critério selectivo e, caso o fosse, como é que se determinaria esse critério de ‘justiça literária’. Enfim, ficam os meus parabéns ao Senhor Tomas Tranströmer de quem pouco fiquei a saber pelas notícias que li na nossa imprensa on-line. Em breve lerei sobre a 'justiça/injustiça' do prémio. Resta-me dizer que, ao contrário das pessoas ‘do meio’, eu nem sabia que Tomas Tranströmer existia; poesia sueca não é o meu forte.

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