Ao contrário do que ouvi a alguns comentadores, eu não gostei do discurso de José Sócrates. Foi longo, chato, mas sobretudo demasiado estudado ao ponto de, tal como afinal é hábito nos seus discursos, soar a falso. A ‘dignidade’ de que os ditos comentadores falaram e que elogiaram, não me pareceu nada mais do que uma pose preparada para sair de cabeça tão erguida quanto possível do seu desaire eleitoral. A aparente sinceridade – aquele ‘abrir o coração’ em que ele diz ter-se sentido honrado por servir o país e os portugueses, ou o momento em que agradeceu a todos os seus colaboradores (Teixeira dos Santos, alguém o viu? Sempre pensei que tinha sido um colaborador e uma peça fundamental do seu serviço ao país), ou ainda aquele em que falou do tempo que passará a ter para os filhos – foi uma lamechice de telenovela de segunda, para ver se puxava a lágrima dos portugueses. Mas, como sempre, José Sócrates não vive na realidade, e as lágrimas não se soltaram. Pelo contrário, o país respira de alívio.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, (...) E, afora este mudar-se cada dia, Outra mudança faz de mor espanto: Que não se muda já como soía.
05/06/11
Arquivo do blogue
-
▼
2011
(195)
-
▼
junho
(15)
- Imperdível este post de Luís M. Jorge no Vida Brev...
- Coisas que se Podem Fazer ao Domingo 62
- Está eleita a frase do dia: "Usem protector solar"...
- O Preço da Demagogia
- Velas 29
- Outra Vez Camilo 3 (Os Homens)
- Dias de Verão 22
- António Barreto já ‘anda por aí’ há muito tempo, e...
- The One Less Travelled 3
- Dos Pepinos
- Joseph GlascoUntitled
- Frases Soltas.
- Ao contrário do que ouvi a alguns comentadores, eu...
- Velas 28
- Outra Vez Camilo 2 (As Mulheres)
-
▼
junho
(15)
Acerca de mim
- jcd
- temposevontades(at)gmail.com