Mais uma sigla a entrar para o nosso léxico quotidiano. Desta feita é o DEO (Documento de Estratégia Orçamental) que vai proporcionar uma base de legitimação a todos os próximos aumentos de taxas fiscais a incidir na classe média (directa ou indirectamente), aos cortes de benefícios, cortes nas deduções fiscais e a todas as próximas medidas de austeridade que o governo julgue necessárias aplicar que possam ajudar (assim pensam – esperam - eles) a contrariar uma pobre execução orçamental que, ironicamente o governo não adivinhava, não correspondeu ao seu empenho, boa vontade e demais louváveis intenções traduzidas em decisões políticas muitas nem sempre devidamente ponderadas.
O desconforto dos sucessivos planos de austeridade que se sucedem em diferentes países, o aumento do desemprego, e as recorrentes recessões começam a gerar desconforto um pouco por toda a Europa. A nova palavra de ordem (já validada pela Senhora Merkel) parece ser ‘crescimento’. De sigla em sigla, de palavra de ordem em palavra de ordem vamo-nos adaptando e orientando para perceber de que lado sopra o vento.