24/01/07

Verdade inconveniente

A única medida legislativa iminente é a proposta de lei que aumenta a percentagem da componente ambiental do Imposto Automóvel, actualmente em 10%. Mas até essa medida já está anunciada há quase meio ano. O Governo prometeu apresentar a revisão do IA este mês no Parlamento para, a partir de Julho, entrarem em vigor novas taxas de componente ambiental - 40% em 2007 e 60% no período 2008-2012.

Na RR a propósito do Debate Mensal no Parlamento hoje como Primeiro Ministro que será subordinado ao tema das alterações climáticas.

Tenho de reprimir a vontade de rir bem como a vontade de propor novenas a S. Pedro como forma de combater, regularizar, ordenar, travar, prever (eu sei lá...) essa “coisa” que não se sabe exactamente o que é, nem tão pouco porque é, salvo uma pequena percentagem de iluminados que viu e gostou do filme de Al Gore “An Inconvenient Truth” a que se convencionou chamar “Alterações Climáticas”, para benefício de algumas almas ocidentais atormentadas e alguns interesses políticos e económicos crescentes. Mas o nosso Primeiro Ministro continua fiel a si próprio: com mais um novo aumento da carga fiscal (que nem é novidade) desta vez com roupagens ambientalistas e politicamente correctas, continua o seu trabalho de moralização do país, tal como já escrevi há uns meses atrás.

Já agora, e porque se explica que é a componente ambiental do Imposto Automóvel que será aumentada, (não fossemos nós ter dúvidas) caso avance a proposta governamental, se pudéssemos saber exactamente em quantas componentes, e respectivo peso percentual, se divide o imposto automóvel seria útil para nós cidadãos. Por exemplo: se houvesse no imposto uma componente SCUT, será que ela baixará à medida que os custos das SCUTs passem a ser suportados pelos utilizadores? E podemos também saber que medidas estão previstas, que sejam consideradas eficazes, para que a mais valia fiscal gerada possa combater, regularizar, ordenar, travar, prever (eu sei lá...) as Alterações Climáticas?

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