Admiro a coragem do Mr. Barroso (‘europeês’ para Durão Barroso), ao falar da forma frontal e assertiva com que falou em nome da União Europeia na Cimeira G20. Não por ter sido frontal e assertivo note-se, mas por, numa altura em que sentimos o ranger das fracturas que atravessam a UE, ousar um discurso a uma só voz (a da UE/Eurozona): um atrevimento. Sabe bem por uns minutos pensar que a União Europeia, e sobretudo a Eurozona, consegue ser hoje algo mais do que uma abstracção na cabeça dos seus líderes políticos e cidadãos. Mr Barroso, perante um ‘inimigo comum’ (os restantes G20s) que isolou bem, e a quem desferiu algumas farpas, saiu em defesa das democracias, das estratégias e dos timings europeus, aproveitando o que resta desse sentimento ‘europeísta’ ainda partilhado por muitos. Como ele bem sabe, foi bom enquanto durou; no entanto no fim do dia, ou da cimeira, pouco sobrará desse discurso.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, (...) E, afora este mudar-se cada dia, Outra mudança faz de mor espanto: Que não se muda já como soía.
19/06/12
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