Os que falaram demais: Mário Soares, António Borges, Marinho Pinho, Miguel Relvas, Isabel Jonet, Baptista da Silva,
Os que falando demais continuam, hoje como ontem, a nada dizer: António José Seguro, Jorge Sampaio,
Os que falam sem nunca se lembrar do que disseram ontem: Pedro Passos Coelho, Victor Gaspar, François Hollande,
Os que falam sem fazer ideia do que estão a dizer, apesar das leituras juvenis: Pedro Passos Coelho,
Os que falam sem saber bem o que hão-de dizer, nem o que estão a dizer: Carlos Zorrinho,
Os que falam convencidos da importância do que dizem: José Manuel Durão Barroso,
Os que sabem falar bem no matter what, mesmo que não saibam o que fazer: Barak Obama,
Os que, tendo-nos habituado a que os ouçamos falar muito, falam agora bem menos: Paulo Portas, Luís Filipe Menezes,
Os que continuam a gostar de se ouvir falar, falar, falar, e que têm quem os ouça, ouça, ouça: Marcelo Rebelo de Sousa,
Os que falam pouco – verdade que também não se sabe o que poderiam dizer, pelo menos em público: Cavaco Silva,
Os que falam pouco – e ainda bem pois ninguém os quer ouvir nem deixaram saudades do que diziam quando falavam: José Sócrates,
Os que continuam a gostar de se ouvir falar, encrespados com o que dizem: Mário Crespo,
Os que falam e de quem se fala, sem que perceba porquê: Walter Hugo Mãe,
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, (...) E, afora este mudar-se cada dia, Outra mudança faz de mor espanto: Que não se muda já como soía.