Entre esta descrição do Portugal real de hoje (fora os problemas sociais), em que se realça as poucas perspectivas de um sustentado crescimento económico:
E a conversa mole e vitimizadora de José Sócrates na entrevista de ontem na SIC, em que os culpados são sempre a crise externa e a oposição. Ele também jurava a pés juntos conhecer o país real.
Esta diferença de abordagem é o espelho do surrealismo em que vivemos. O PSD faz bem em tentar pôr cobro a esta farsa, mas convém nunca subestimar a capacidade de sobrevivência e a ambição políticas de José Sócrates. Pensar e negociar (entre PS, PSD e CDS) de forma séria e exequível um futuro para o país, deveria obrigatoriamente arredar José Sócrates desse cenário. Ele sabe isso e tem-nos a todos reféns. Ignorar estes factos é acreditar em contos de fadas, ou querer meramente brincar às eleições e aos governos. Não basta dizer “Já Basta”.
Adenda:
Ler na íntegra este post de rui a. no Blasfémias.
Também convém não esquecer nunca o tipo de slogans que lemos e ouvimos no sábado último na manifestação da "Geração à Rasca", que encheu as ruas das principais cidades do país e juntou gerações (assim disseram) de gente insatisfeita, que exigia mais e pedia mais do Estado, não lembro de ver slogans a pedir e exigir menos do Estado, a não ser os habituais lugares comuns populistas contra os "ricos" e os políticos. É este o eleitorado que temos.